☽O☾ Deusa Tríplice

Bruxa

 Olá seres humanos, humanoides, híbridos e extraterrestres! Tudo bem?

No último dia 30 eu fiz 30. Trinta anos. Três décadas. Sinto que cruzei o portal imaginário do começo da vida. Da plenitude. Da transcendência. Deleitar-me-ei desse novo estagio de minha existência.

Muito me identifico com meu sorriso de menina faceira, mas me guio mesmo pelo olhar da bruxa centenária que habita dentro de mim. Ela é detentora da grande magia da intuição que me guia nas horas trevosas. É por causa dela que não temo a escuridão. “Quem tem luz própria não precisa ascender a luz” ela sussurra em meu ouvido.

Sou a Ligia do Tom e do Chico. A sereia melodiosa da Mitologia Grega. Filha de Oxum e de Ogum. Aquariana. Felina tal qual Bastet. De Cleópatra á Elis Regina. Sou um pouco de cada mulher que me fascina. Sonhadora e realizadora. Livre. Mística. Esotérica. Índigo. Amante da Lua. Pagã. Sou a Deusa Tríplice. Donzela, mãe e anciã.

Sou BRUXA.

 

O que você tem contra a solidão?

Parque Zoológico de Boituva/ SP - Dezembro de 2014

Olá seres humanos, humanoides, híbridos e extraterrestres! Tudo bem?

Estou muito contente porque no momento estou Recalculando a minha Rota. Isso mesmo! Como assim? Eu explico! A linda dos olhos de piscina, a Alana Trauczynski autora do livro Recalculando a Rota criou um programa de mesmo nome que, segundo a própria, é “um programa de autoconhecimento e recauchutagem geral de você mesmo!”. Tive a imensa alegria de ganhar uma bolsa pra participar e desde semana passada quando iniciamos a primeira atividade proposta pela Alana, tenho experimentado dificuldades de encontrar meus momentos de solidão para efetuar as propostas de forma mais proveitosa, o que me levou ás seguintes reflexões:

Eu amo a boa companhia de pessoas queridas, mas assim como preciso da companhia delas, eu também preciso de momentos de solidão. Eu amo a solidão. É só nela e com ela que me encontro, que entro no meu eixo, que me estimulo e que tenho tempo e espaço para pensar e refletir. Quando não tenho meus momentos de solidão eu desvio, eu sou água parada, estancada e lodosa. Mas quando eu consigo estabelecer momentos de solidão, meus pensamentos são claros e límpidos como a água corrente de um rio. Eu simplesmente preciso da solidão para viver de forma saudável. Enfatizo: não é opção, é uma questão de necessidade.

“Só quando estou sozinha me sinto totalmente livre. Reencontro-me comigo mesma e isso é agradável e reparador. É certo que, por inércia, quanto menos só se está, mais difícil é ficá-lo. Mesmo assim, em uma sociedade que obriga a ser enormemente dependente do que é externo, os espaços de solidão representam a única possibilidade se fazer contato novamente consigo. É um movimento de contração necessário para recuperar o equilíbrio” Mireia Darder, autora do livro Nascidas para o Prazer (Ed. Rigden, não publicado em português).

Desde muito nova, sempre me perguntei porque as pessoas escapam da solidão como se estivessem escapando do matadouro. Eu entendo que existem fatores sócio-culturais onde o sociabilizar é tão imposto e comemorado que quase não nos sobra tempo pra tão necessária solidão. Mas o equilíbrio é e sempre foi o melhor caminho, portanto, permita-se esses momentos tão importantes com você mesmo. Eu entendo também que todos levamos cargas emocionais que sempre evitamos “visitar”, e que talvez, virão á tona se estamos sozinhos. É doloroso, mas superar é libertador! Mas pra superar você tem que entender, e pra chegar ao entendimento você precisa estar sozinho. Tente, não dói tanto, talvez no começo, mas depois é uma delícia.

Não confunda solidão com estar sozinho. Ser solitário não significa estar aberto para desfrutar da solidão. Muitas pessoas passam o tempo todo cercadas de pessoas ao redor, e quando não as têm, procuram desesperadas por algum tipo de entretenimento para preencherem suas cabeças. Eu não tenho dúvidas de que de forma consciente ou não, essas pessoas só estão tentando escapar delas mesmas. Se elas soubessem que os momentos de introspecção são necessários e podem ser tão prazerosos quanto os momentos de interação com outros indivíduos ou artefatos, não perderiam mais tempo escapando delas mesmas.

A solidão possibilita a criatividade e a reflexão que gera autoconhecimento. O silêncio não é ausência de som, é música!  

Penso que desfrutar da solidão seja algo característico da personalidade de cada indivíduo, apesar de ter certeza que seja absolutamente adaptável á vida de pessoas cuja a solidão não é tão bem vinda, mas que reconhecem nela o caminho pra se auto-visitar.

“Para mim a solidão representa a oportunidade de revisar nosso gerenciamento, de projetar o futuro e avaliar a qualidade dos vínculos que construímos. É um espaço para executar uma auditoria existencial e perguntar o que é essencial para nós, além das exigências do ambiente social” Francesc Torralba, filósofo e autor de A Arte de Ficar Só (Ed. Milenio).

Quando você gosta da sua própria companhia (por mais difícil que ela possa ser algumas vezes) você não dependerá mais da companhia de outras pessoas, se são pessoa queridas, estar com elas será uma OPÇÃO, porém jamais uma NECESSIDADE.

***

Um pouco sobre minha própria experiência:

Sempre fui alvo de pré-conceitos. Passei a minha infância e parte da minha vida adulta sendo rotulada como antipática, metida, e muitos outros adjetivos do gênero. Levei anos até perceber que me sinto verdadeiramente confortável para dizer a essas pessoas que não sou e nunca fui antipática, eu simplesmente não te acho tão interessante para gastar a minha energia contigo. Pode soar arrogante e, talvez seja, mas as pessoas extrovertidas precisam simplesmente parar de exigir que pessoas introvertidas acompanhem a sua necessidade de interagir. Não confundam introversão com timidez, pois são coisas completamente diferentes. Eu sempre fui introvertida e não tímida. Não confundam solidão com isolamento. Sempre gostei demais da solidão, mas nunca me isolei. É claro que nem sempre fui bem resolvida nesse aspecto. Eu me esforçava bastante para me inserir nos grupos e atividades sociais, mas gastava tanta energia que terminava esgotada. É libertador não sentir a necessidade de ter que cumprir com as exigências de interação social desenfreada que minam o meu estoque de energia e fazem com que eu me sinta tudo, menos eu mesma. 

Vou exemplificar: sempre fui ao cinema sozinha porque adoro. Isso não quer dizer que nunca vou ou fui ao cinema com alguém. Se tenho uma boa companhia que valha á pena eu me privar da minha amada solidão, esse ser será muito bem vindo, caso contrário, não abro mão de ir sozinha. O mesmo vale pra sair pra comer, viajar, ou fazer qualquer atividade.

Uma das poucas vezes na vida que frequentei a academia, o instrutor me sugeriu como tom de pena que eu deveria ir no horário que outras meninas frequentavam, assim eu teria companhia pros meus exercícios. Eu achei a dica valiosíssima simplesmente pelo fato de que á partir daquele momento comecei a evitar ao máximo os horários das tais companhias. Sofri com isso inúmeras vezes na escola primária e no ginásio. As aulas me exigiam demasiada interação, e quando eu adoraria passar os intervalos sozinha, ao invés disso eu era cercada de pessoas que tinham fobia só de imaginar que eu poderia estar sozinha por falta de opção, e corriam a fazer-me companhia. Era legal quando eu desejava essa companhia, mas a maioria das vezes eu só queria estar sozinha mesmo. Repito: não é que eu não desfrute de boas companhias, é só o fato de eu me sentir muito bem sozinha, e de opinar que a maior parte das atividades são bastante íntimas e que exigem muita concentração, então porque raios eu gostaria de ter a companhia de outras pessoas pra isso? As companhias são opções e não necessidades! 

Há alguns meses eu assisti a palestra da Susan Cain no TED, e me senti absolutamente identificada. Pra assistir, clique aqui.

**Quem se interessou pela proposta da autora Alana Trauczynski, segura a onda que o próximo post aqui no blog será sobre o Recalculando a Rota.

E você, o que pensa da solidão? Desfruta ou foge dela? Me conta?

Beijocas,

Lilix.

#Bday: 29 anos, o adeus aos “vinte e poucos” e a iminente chegada dos 30

Eu passei a maior parte da minha vida sem gostar de fazer aniversário. Sempre criava expectativas em torno da data que nunca se cumpriam, o que me deixava bastante frustrada. Por sorte, há quase 3 anos atrás uma pessoa maravilhosa saiu da minha barriga para me ensinar mais do que eu podia esperar. Me ensinou que a vida é algo pela qual vale a pena lutar e, sobretudo, desfrutar! O Shai, meu filho, é um sobrevivente do nascimento prematuro, e ele se agarrou á vida de forma tão comovente, que me fez concluir algo óbvio: só faz aniversário quem está vivo, e estar vivo é uma ótima razão para comemorar e festejar! 

 By Christopher Jobson

By Christopher Jobson

Hoje eu faço 29 anos, e a não simpatia pelos meus aniversários nunca teve nada a ver com o comum medo que as pessoas tem de envelhecer. Pelo contrário, sempre acreditei que cada ano que entra é uma nova oportunidade para viver o que o autor Paulo Coelho chama de “Lenda Pessoal” .

“…A lenda pessoal é aquilo que você sempre desejou fazer. Todas as pessoas, no começo da juventude, sabem qual é sua lenda pessoal.
Nesta altura da vida, tudo é claro, tudo é possível, e não temos medo de sonhar e de desejar tudo aquilo que gostaríamos de fazer. Entretanto, à medida em que o tempo vai passando, uma misteriosa força começa a tentar provar que é impossível realizar a Lenda Pessoal.
Esta força que parece ruim, na verdade está ensinando a você como realizar sua Lenda Pessoal.
Está preparando seu espírito e sua vontade, porque existe uma grande verdade neste planeta: seja você quem for, quando quer com vontade alguma coisa, é porque este desejo nasceu na alma do Universo. É sua missão na Terra…” (O Alquimista)

Esse ano que começa pra mim hoje, marca a despedida dos “vinte e poucos” anos, e a transição para a tão temida esperada “vida adulta”. Três décadas é, sem dúvidas, um marco na minha vida, e desde muito cedo eu determinei algumas coisas que queria fazer antes de cruzar esse “portal” invisível, mas tão poderoso.

Com a iminente chegada dos 30, foi inevitável não começar o balanço das coisas que determinei fazer/realizar antes de que essa idade chegasse. Não me surpreendi ao dar-me conta que haviam muitos itens que não chegaram nem perto de serem realizados, e outros que eu nem sonhava que poderiam me acontecer tão cedo, já são uma realidade. Não me tornei poliglota, mas sei 3 idiomas. Não viajei pelo mundo, mas vir morar sozinha em Buenos Aires foi uma puta viagem através do MEU mundo. Construí uma família linda que era planejada só pra depois dos 35, mas a vida é tão legal comigo que me proporcionou isso muito tempo antes. Tenho uma casa para chamar de MINHA, e o melhor de tudo: tenho 365 dias pra tentar realizar uma série de coisas maravilhosas.

Para concluir, a minha única determinação para os meus 29 anos, é conseguir realizar o máximo de coisas antes dos 30. Um ano para colecionar momentos e não coisas. É logico que vai ter lista, porque, né? Não seria eu! (risos) Mas a lista de coisas pra fazer antes dos 30 vai ficar pro próximo post, combinado?

Ps.:Escolhi essa arte linda do incrível Christopher Jobson porque representa o que quero para o meu ano novo que começa hoje: Que não me falte amor e nem fôlego para lutar em pról dos meus sonhos! 

Feliz aniversário, Liginha! ❤